No passado domingo os fraquinhos José Machado e Pedro Braga arrancaram bem cedo, com destino a Barcelos, para mais um Ultra Trail. Ainda de noite e com um frio de quebrar orelha :) foi dada a partida rumo às montanhas do concelho de Barcelos.
Na preparação da prova verificamos que o trajecto seria quase idêntico à edição anterior, com ligações no início e fim algo diferentes, mas as passagens nos mesmo lugares icónicos estava garantida. O início arrancamos conservadores pois as dificuldades que estariam pelo caminho eram já conhecidas, e com o avolumar dos kms o desgaste foi crescente, pelo desnível positivo acumulado, mas em especial pelas múltiplas descidas técnicas que castigavam joelhos e articulações incautos.
Revigorados pelos abastecimentos fartos, aquecidos pelo Sol de Inverno, entusiasmados pelo céu limpo e paisagens brutais, forçamos o andamento pois queríamos melhor o registo de tempo do ano anterior.
Passagem da praxe no slide, fartote de canja e presunto no moinho, travessia no rio em canoa (aqui fica uma nota de mérito ao meu amigo Foguete, que nesta modalidade brilha, pois até as motas de água saiam da frente para que a nossa canoa pudesse rumar à meta ehehehe),
e quase sem dar por isso, estávamos de volta ao ponto de partida no centro da cidade de Barcelos, onde fomos recebidos com honras de entrevista tal o mérito da prestação (LOL eheheh).
Um agradecimento especial aos fraquinhos Luis e Nuno, pois formaram a comitiva de boas-vindas na chegada desta prova.
Porém não fomos os únicos Fraquinhos a "danificar" a camisola neste evento, pois conforme relato do Paulo Sousa e Tómané Mendes, optaram por participar no Trail Amigos da Montanha, na vertente dos 30kms pois ainda não se sentem totalmente preparados para se aventurarem na distância maior.
Se o Ultra Trail com os seus 60km era demasiado, o Mini Trail com 15km era pouco, por isso, a opção pelos 30kms, à partida sem grandes objectivos traçados. Sendo esta a distância mais longa que iríamos correr (o máximo tinha sido a Meia Maratona), a ideia era somente terminar a prova e testar as nossas capacidades.
A parte inicial da prova foi efectuada a um ritmo lento, com o pelotão a fazer constantes pára-arrancas, quer nas nas zonas mais estreitas, quer nas subidas. Com o passar dos quilómetros e com os mais lentos a ficar para trás, a corrida ganhou um ritmo mais estável. Se a ideia era eu e o Tó Mané fazermos esta prova juntos, cedo verificamos que estávamos com andamentos muito diferentes, uma vez que ele começou a ficar empenado com as dores que sentia no joelho. Fiz por acompanhá-lo o máximo de tempo que pude, mas como a lesão dele teimava em não o poupar, especialmente nas descidas, a partir do Km16 optamos por deixá-lo ao seu ritmo e eu seguir no meu. Mas não o deixei sem primeiro o ver a dar um valente malho!
Se bem que os últimos 10kms fossem muito mais rápidos que o restante percurso, o desgaste físico provocado pelas 3 paredes do trajecto (sobretudo pela última ao Km19) tiveram o seu efeito. Mas à medida que a meta se aproximava, o desgaste físico deixou de importar porque só interessava terminar. E no final, o arrepio sentido por terminar a prova suplantou qualquer coisa!
E se nos 30km foi assim, o que dizer quando a distância é bem mais longa…!! Mas isso fica para o futuro…
Parabéns ao Tó Mané por ter conseguido terminar a prova apesar de lesionado.
Os nossos Parabéns também para os Amigos da Montanha, pela excelente organização deste evento que nos levou por paisagens espectaculares"